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JPMorgan apresenta criptomoeda lastreada em depósitos bancários

O JPMorgan, o maior banco dos Estados Unidos, está prestes a dar um passo ousado em direção ao mundo das criptomoedas com o lançamento da sua própria moeda, a JPM Coin (JPMD). Diferente das stablecoins que você já deve ter ouvido falar, essa moeda não tem como objetivo lastrear seu valor em outras moedas, mas sim funcionar como um token de depósito, permitindo transações a qualquer hora, todos os dias da semana. Isso já representa um novo perfil de negociação nesse universo.

Recentemente, a Bloomberg revelou essa novidade, confirmando que a JPM Coin será emitida na rede Base, que está interligada à Coinbase, uma das principais plataformas de negociação de criptomoedas. A movimentação do banco também não é uma surpresa total, já que desde junho desse ano, ele havia registrado a marca “JPMD” e testado a nova moeda em parceria com grandes empresas, como Mastercard e B2C2.

Foco nos clientes institucionais e horizonte europeu

Jamie Dimon, o CEO do JPMorgan, sempre teve uma postura crítica em relação às criptomoedas; no ano passado, ele chegou a chamá-las de “golpe”. No entanto, parece que seu ponto de vista está mudando. Em uma conversa sobre inovação, Dimon mencionou que o JPMorgan está se colocando na vanguarda das tecnologias financeiras, com a JPM Coin como a principal aposta.

A nova moeda não será para qualquer um — pelo menos por enquanto. Inicialmente, a JPMD será voltada apenas para clientes institucionais, que representam um mercado com muito potencial. Naveen Mallela, um executivo do banco, comentou que, embora as stablecoins estejam em alta, para clientes institucionais, os produtos baseados em depósitos podem se mostrar uma alternativa valiosa, com a possibilidade de gerar rendimento.

Ambos os conceitos, o de stablecoins e token de depósito, têm funções que se aproximam, como a capacidade de realizar transações a qualquer horário. Mas a estratégia do JPMorgan visa atender a um público mais específico e exigente.

E as novidades não param por aí: o banco também registrou a marca ‘JPME’, indicando planos para criar um produto semelhante que funcione com euros. O JPMorgan está claramente observando as oportunidades do mercado europeu, ampliando seu leque de opções e se preparando para o futuro financeiro que se desenha à nossa frente.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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